quinta-feira, 31 de maio de 2012

Estudo Dirigido 

 Thiago Iachiley A. Souza


·         Conforme o texto qual o conceito de Sistema Educacional 

É um conjunto dinâmico, com seus elementos interagindo, incorporando tradições e se comportando, ao mesmo tempo, como condicionado e condicionante do contexto em que está inserido.

·         Como é possível o homem sistematizar?

O ato de sistematizar, uma  vez que pressupõe a consciência refletida, é um ato intencional. Isto significa que, ao realizá-lo, o homem mantém em  sua consciência um objetivo que lhe dá sentido, em outras palavras, trata-se de um  ato  que concretiza um projeto prévio. Este caráter intencional não basta, entretanto, para definir a sistematização. Esta implica também  uma multiplicidade de elementos que  precisam  ser ordenados, unificados,  e conforme vem da palavra grega  “sistema”: reunir, ordenar, coligir.  Sistematizar é, pois, dar, intencionalmente, unidade à multiplicidade. E o resultado obtido, eis o que se chama “sistema”. Este é, então, produzido pelo homem a partir de elementos que não são produzidos por ele, mas que a ele se oferecem na sua situação existencial. E com o esses elementos, ao serem reunidos, não perdem sua especificidade, o que garante a unidade é a relação de coerência que se estabelece entre os mesmos. Além disso, o fato de serem reunidos num conjunto não implica que os elementos deixem de pertencer à situação objetiva em que o próprio homem está envolvido; por isso, o conjunto, como um todo, deve manter também uma relação de coerência com a situação objetiva referida.

·         Discorra sobre o caráter  dialético da estrutura do homem 

O caráter dialético do homem tem como objetivo fundamentar a afirmação “o homem sistematiza”, que é a base dos argumentos a respeito do “sistema educacional”. Por isto busca constituir uma ontologia do “homem brasileiro”, pela qual fundamentará o “sistema educacional brasileiro” necessário e correto. Uma ontologia de um particular, o homem brasileiro, o que faz com que utilizemos o epíteto filósofo da educação brasileira e não filósofo da educação.

·         Conforme o texto o que entendeu sobre a filosofia como mediação entre a ação assistemática e a ação sistematizada

Partindo do principio que a filosofia é o exercício pleno e acabado da consciência refletida, ela se constitui numa mediação entre a ação assistemática, ou seja, os princípios, normas e objetivos são fornecidos pela filosofia de vida. Já na ação sistematizada, os princípios, normas e objetivos são fornecidos pela “ideologia”.

·         O que entendeu sobre de Sistema

O sistema é um “processo” resultante da atividade sistematizada; e a ação sistematizada é aquela que busca intencionalmente realizar determinadas finalidades. Sistema é, pois, uma ação planejada. Sistema significa, assim, uma ordenação articulada dos vários elementos necessários à consecução dos objetivos educacionais, por exemplo, preconizados para a população à qual se destina. Supõe, portanto, o planejamento. Ora, se “sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante”, as exigências de intencionalidade e coerência implicam que o sistema se organize e opere segundo um plano.

·          O que você entendeu sobre noção de Estrutura

O termo “estrutura”, da mesma forma que “sistema”, também se refere a conjunto de elementos, por isso, muitas vezes, ambos são usados como sinônimos. Entretanto, termo “estrutura” originou-se do verbo latino “struere”. A esse verbo é atribuído correntemente o significado de “construir”. Esse sentido é aceito sem objeções tanto entre os leigos como nos círculos especializados. Tal fato dispensa os estudiosos de um exame mais detido do significado etimológico do termo, o que pode ser ilustrado pela frase com a qual Bastide (1971, p.2) introduz o exame dos diferentes itinerários percorridos pela palavra “estrutura” no vocabulário científico: “Sabemos que a palavra estrutura vem do latim ‘structura’, derivada do verbo ‘struere’, construir”. Logo observamos que “estrutura” significaria “construção”. De fato, “construção” pode indicar tanto o modo como algo é construído (o que sugere a ideia de paradigma ou modelo) como a própria coisa construída (e a estrutura se confunde, então, com a realidade mesma).

·   Faça um resumo sobre a noção do sistema educacional abordando como se pode sistematizar a educação, o sistema educacional, o sentido da filosofia da educação e as precisões terminológicas.

Saviani menciona alguns procedimentos que poderiam ser utilizados na tarefa de constituir a antropologia filosófica que apresente os fundamentos da “atividade sistematizadora”. Discorre sobre cada procedimento, iniciando pela análise da palavra “sistema”, pelo qual o sentido é buscado na etimologia, constituindo uma semântica que permita “lançar luz à expressão sistema educacional” (SAVIANI, 2000a, p. 27). Em seguida, este procedimento é descartado por ser considerado intelectualista, embora, como já anotamos, dele se utilize com muita frequência. O segundo procedimento, a ser descartado, é o que procura estabelecer a noção de “sistema educacional” a partir do fato, do existente, considerando que há “sistema”, porque “ele se apresenta em sua organização e funcionamento” (p. 28), o que revela um ponto de vista administrativo insuficiente para o estabelecimento da antropologia filosófica. Os dois procedimentos são identificados, respectivamente, com os da análise formal ou lógico-formal e com a científica, a que parte do existente para estabelecer o que algo é. Ambos são impróprios, pois o lógico-formal refere-se à coerência e não à verdade (p. 28) e o científico prende-se aos dados para expô-los (p. 29), Note-se que esta maneira de ver tanto a lógica quanto a ciência expressa uma concepção epistemológica, no mínimo, ultrapassada na Filosofia da Ciência desde os anos 1930, pelo menos. De fato, a análise formal não distingue coerência e verdade lógica, pois só há a primeira se a segunda estiver presente. No outro caso, no das ciências empíricas, há muito se tem claro que os “dados” não são “dados”, mas interpretações, as quais podem produzir novos modelos a partir dos mesmos “dados”. O terceiro procedimento é uma análise das instituições, iluminada pelo significado da palavra sistema. O método aqui seria o empírio-logístico, pois, para o autor, tal método “busca explicar os dados empíricos, referindo-os, porém, a um modelo formal prévio, escolhido de modo mais ou menos arbitrário e construído de acordo com as regras lógicas”(p. 29). O quarto procedimento é a análise da noção de sistema educacional a partir do fenômeno, pois ele revelaria, de início, que o sistema não se apresenta como um dado objetivo. Para o autor o “sistema, qualquer que ele seja, está sempre referido à realidade humana” (Ibid.), pois é o homem que o cria e o organiza. O que o colocaria entre os que defendem que o “dado” não é dado, mas uma interpretação, que é também a nossa posição epistêmica. No entanto, o procedimento fenomenológico apresenta uma dificuldade, pois proporciona uma visão analítica e estática do fenômeno quando este se apresenta à consciência, tornando inviável a apreensão do movimento próprio do conceito. Daí a necessidade do exame que considere “sistema educacional” em sua dinâmica, produzida pelas contradições e que, ao mesmo tempo, é condicionado e condicionante. Tal procedimento é o próprio do método dialético. Donde a proposta de junção do método fenomenológico com o dialético, justificada pelo entendimento de que, partindo do fenômeno e efetuando a descrição fenomenológica de seus elementos, é possível atingir uma visão dialético-sintética ou fenomenológico-dialético do problema, sendo que esta visão só é possível ser atingida pela mediação da análise.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Uma Reflexão Sobre a Obra de Émile Durkheim

Thiago Iachiley A. Souza
Resumo
O presente trabalho discorre sobra alguns pontos de extrema relevância e de fundamental interesse para muitos seguimentos e camadas da sociedade hodierna. Para fundamentar e embasar este estudo tomou-se como referência o Livro Sociologia e Educação (Émile Durkheim). A palavra educação, ao longo de muitos séculos, tem sido usada e empregada amplamente para desiguinar o conjunto de influências que são exercidas sobre a nossa inteligência ao longo da vida. Fatores externos e internos que são aprendidos e vivenciados, experimentados e transmitidos permeiam o campo de nossa vivência e atingem diretamente nosso estilo de vida. Em outras palavras, essas vivências e experiências, bem como, os fatores, querem sejam externos querem sejam internos, compõe de forma plena o conceito de educação. Analisando a educação sob essa perspectiva, à luz deste conjunto de influências, a educação é entendida como um fator cultural e social. A educação assim definida, - como um conjunto de influências exercidas sobre os indivíduos - é responsável pelas atitudes e ações destes na sociedade. Portanto, dada essa a forma da educação, cada sociedade forma o tipo de homem de que deseja e necessita. A educação, do ponto de vista sociológico, é a atividade das gerações adultas exercida sobre as gerações que ainda não alcançou o estado de amadurecimento físico, intelectual, moral e social adequado. Logo percebemos que o conceito de educação está atrelado à dinâmica de sua propagação e evolução com o tempo, de forma que, ela vai modificando as diferentes sociedades que surgem. A educação em sua natureza e função pode ser assim definida por vários pensadores. É a preparação do indivíduo para a vida social, cultural e moral. Essa verdade ressalta o conceito de que a educação é uma ação social e não individual, haja vista que, a educação não é o resultado de uma ação individual entre pai e o filho – ‘ educação familiar ‘ ou o professor e o aluno – ‘ educação escolar ’, mas entre duas categorias sociais distintas, a geração adulta e a geração jovem. O adulto age como representante da geração adulta e transmite conhecimentos, atitudes e valores, considerados ajustados ao jovem e este recebe e aprende esses conhecimentos e valores, que por sua vez, repassa para as gerações futuras. Outra e importante característica da educação, é que ela é uma ação global, ou seja, leva em conta todos os aspectos da vida social e não apenas alguns, envolvendo em seu bojo, tanto a formação individual, bem como também, a formação da sociedade como um todo, incorporando todos os setores. Seguindo esta característica, a educação é descrita por ter uma função homogeneidora, justamente por constitui essa ação global e social, exercida por várias pessoas e visando a formação e o desenvolvimento total do indivíduo, engrandecendo-o e tornando-o uma pessoa humana transmitindo assim os valores e normas, bem como, os comportamentos sociais de acordo com aquilo que a sociedade requer. Uma terceira importância e destaque para a caracterização da educação é que a educação se dá de forma dinâmica e interativa, passando de uma geração para outra, onde temos uma geração detentora do conhecimento e do ensino, que vem a ensinar uma geração simples e desprovida deste conhecimento. A geração adulta vem a transmitir essa educação para a geração jovem, isto é, os adultos transmitem atitudes, conhecimentos técnicos, e os jovens recebem, aprendem e incorporam na sua vida esses conteúdos. Em outras palavras, geração adulta é o elemento ativo, transmissor da educação e a geração jovem o elemento passivo, receptor. Entretanto, devemos entender que esse processo se dá de forma harmônica e de natureza unitária, haja vista que, se trata do fato de o agente educativo ser um indivíduo ou um grupo especifico, mas a sociedade está intrínseca no seu conjunto. Os indivíduos quando educam agem em nome e por delegação da sociedade, e não em nome de um individuo ou repartição com interesses particulares. É a sociedade que investe nos seus membros na função educativa, e os sanciona no respectivo exercício. Nessa perspectiva, a educação tem uma dupla função, um duplo papel: de unificação e de divisão. Por um lado, a educação opera visando uma determinada forma de coesão social, por outro, constitui um agente de reforço da divisão e da estratificação social existente. A educação é múltipla, diversificando-se e orientando-se para cada estrato, no interior de uma classe, fazendo tomar consciência aos membros de qualquer extrato dos seus estatutos e papeis sociais. Analisando e ponderando sobre todas essas perspectivas e aferições, percebemos que a educação se trata de um fenômeno eminentemente social e cultural. Ao longo da história, diferentes sociedades tiveram os mais diferentes sistemas educacionais. Os indivíduos eram educados de acordo com as regras morais e sociais adotadas por cada sociedade e épocas diferentes. Assim foi a história da educação segundo Durkheim. Uma educação para cada época e para cada povo. Cada sistema foi sucedido por outro de acordo com a organização social vigente e as normas sociais e de condutas adotadas. Ocorre ainda, de normas de diferentes tipos de educação a vigorar em espaços geográficos diferentes, como foi o caso de Atenas e Esparta na Grécia. Com tudo isso, Durkheim mostra que: diferentes povos, em diferentes lugares e em determinadas épocas, tiveram determinados sistemas de educação que privilegiavam seus ideais de organização social. Cada componente e integrante da sociedade em suas diferentes e oportunas épocas contribuíram de forma contundente e significativa para a formação, propagação e disseminação da educação na formação dos indivíduos.

Palavras-Chave: Educação, Indivíduo, Sociedade

Referências
[1] DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 10ª ed. Trad. de Lourenço Filho. São Paulo, Melhoramentos, 1975.

[2] DIAS, Fernando Correia. Durkheim e a sociologia no Brasil. Em Aberto, Brasília, 9 (46): 33-48, abr./jun., 1990.

quarta-feira, 2 de maio de 2012



  As Novas Tecnologias Inseridas no Ensino Superior

Thiago Iachiley A. Souza

     Nos dias hodiernos ao analisarmos a presença dos meios de comunicação de massa e, principalmente, a inserção de novas tecnologias e sua influência na educação, chega-se à conclusão de que a aprendizagem seria comprometida sem o uso destas novas ferramentas e metodologias.
     Durante muitos séculos a educação utilizou-se de métodos e técnicas tradicionais. Ensinar era transmitir conteúdos acumulados ao longo do tempo, fundamentados em fatos e conhecimentos que interessavam à sociedade da época ou que foram importantes para outros povos. Esta mesma educação, embora lenta no que se refere ao desenvolvimento das potencialidades individuais de cada um, foi responsável pela criação científica e tecnológica que se encarregaria de transformar esta mesma estrutura conservadora e tradicional.
     As ferramentas tecnológicas, que estão cada vez mais presentes na sociedade, chegam às universidades como recurso importante para a modernização do sistema educacional, permitindo e facilitando a concretização da produção de trabalhos. Como grande efeito observamos que o acesso à internet trouxe consigo mudanças radicais no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a sua inserção no ensino é um processo irreversível e a revolução tecnológica em curso, está se dando sem que os educadores possam detê-la.
     Diante disso, faz-se necessário um acompanhamento do impacto tecnológico sobre a educação no ensino superior, com o objetivo principal das melhorias da qualidade do ensino e orientações contundentes de como se fazer uso de forma eficaz destes recursos.
    Na atualidade as instituições de nível superior inserem-se num contexto de elevada pressão em relação aos avanços tecnológicos que, por um lado, lhes garantem melhores condições didáticas e pedagógicas e, de outro, que ocasiona mudanças ambientais e tecnológicas de uma era da modernidade. Assim, no atual contexto tecnológico em que o mundo se volta completamente para um sistema dominado pela tecnologia, é necessário despertar-se para um modelo educacional que acompanhe este sistema. Em outras palavras o que se deve acontecer é uma aliança entre a tecnologia com a proposta pedagógica afim de que a aprendizagem seja garantida a partir do momento em que sejam vistas pelos profissionais da educação, como ferramentas, mídias educacionais, podendo ser facilitadoras da aprendizagem, tornando-se mediadoras, por facilitarem ao aluno construir seu próprio conhecimento.
     O conhecimento experimentado nas duas  últimas décadas é tão expressivo que nem o professor e tampouco o aluno são capazes de adquiri-lo ou gerenciá-lo nos moldes tradicionais. No ensino superior, um dos problemas a ser resolvido reside na atitude passiva com que os alunos recebem o conhecimento de seus professores. Na sala de aula, a interface professor-aluno é mantida por um planejamento de ensino que privilegia a simples transmissão de conhecimentos. A utilização de algumas tecnologias, onde se destaca o computador, vem permitindo que o processo de ensino-aprendizagem sofra sensíveis transformações. O computador, deixando o estigma de calculadora sofisticada, começa a ser empregado na construção do conhecimento. 
    Os recursos tecnológicos, como instrumentos à disposição do professor e do aluno, constituem-se em valiosos agentes de mudanças para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Isto requer professores bem formados com conhecimentos sólidos da didática e dos conteúdos, com desenvolvimento de práticas pedagógicas que utilizem estas novas tecnologias como ferramenta que atendam às necessidades individuais e coletivas, que estimulem a construção criativa e a capacidade de reflexão e que favoreçam o desenvolvimento da capacidade intelectual e afetiva, levando a autonomia e à democracia participativa e responsável.

Palavras-Chave: Novas Tecnologias; Educação; Ensino

Referências
 [1] MORAN, J. M.  Mudanças na comunicação pessoal: ge-renciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo: Paulinas, 2000.
[2]  LINTWIN, E. Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
[3]  DOWBOR, L. A revolução tecnológica e os novos paradig-mas da sociedade. Belo Horizonte, IPSO, 1993