sexta-feira, 22 de junho de 2012

Semana da Física


                                 LIMA FILHO,Juscelino Koji de
         Antes de relatar sobre os seminários que ocorreram na semana da física, vou mencionar apenas de1 seminário, pois acredito que a maioria que vi não seria pertinente ou interessante o suficiente para a senhora professora.
            O primeiro que irei citar foi o do professor Gaspar. Ele falou sobre a história das ciências durante o período da primeira guerra mundial até meados de 1990. Ele começa introduzindo como eram vistas as ciências naquela época, mas infelizmente  o ensino e o material didático eram extremamente complexos.
             Naquela época eles não tinham uma organização muito boa. Foi com a corrida armamentista que os EUA resolveu mudar esse quadro e promover as ciências no país, a fim de difundir as ciências como na União Soviética, onde eram bem desenvolvidas do que nos  EUA
             Convém relatar que a União Soviética foi quem lançou o primeiro satélite, causando “pânico”, uma vez que os EUA não sabiam do que se tratava. Logo depois do lançamento do satélite pela URSS, os EUA criaram a NASA e praticamente recriaram o ensino das ciências. Foi assim que eles conseguiram mandar o primeiro homem à lua e criar a bomba nuclear. O período da guerra fria foi praticamente estagnado, apenas as potências capitalistas e as socialistas estiveram numa briga de “marketing”.  
         O professor Gaspar cita como o ensino de ciências foi difundido e quais os materiais didáticos utilizados. Mas todas as tentativas foram falhas, inclusive os materiais didáticos  eram bastante escassos e também falharam no quesito do ensino.
            A segunda parte do seminário foi sobre  Vygotsky, pensador importante em sua área e foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadêmicos ocidentais, muitos anos após a sua morte, que ocorreu em 1934, por tuberculose aos 37 anos. 
                Apesar de sua formação em Direito, destacou-se à época por suas críticas literárias e análises do significado histórico e psicológico das obras de arte, trabalhos que posteriormente foram incorporados no livro "Psicologia da Arte", escrito entre 1924 e 1926, incluindo naturalmente a tese de doutorado sobre Psicologia da Arte, que defendeu em 1925.
              O seu interesse pela Psicologia levou-o a uma leitura crítica de toda produção teórica de sua época, nomeadamente as teorias da "Gestalt", da ‘Psicanálise”  e o " Behaviorismo", além das ideias do educador suíço Jean Piaget. As obras desses autores são citadas e comentadas em seus diversos trabalhos, tendo escrito prefácios para algumas das suas traduções ao idioma russo.
  

sábado, 16 de junho de 2012

RESENHANDO EDUCAÇÃO

                                                                                  CASTROAldiana Moreira

Resenha do livro: O que é Educação
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 44ª ed., 2005.
“Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.”
João Guimarães Rosa/Grande Sertão: Veredas
Carlos Rodrigues Brandão é doutor em Antropologia pela USP e já lecionou como professor universitário na UNB, UFG e UNICAMP. Nesta obra, o autor disserta em nove capítulos, a partir de uma linguagem sociológica-antropológica, sobre o conceito de educação, procurando desmitificar aideia de que o processo educacional existe somente na escola.
Logo no capítulo inicial, Educação? Educações: aprender com os índios, o autor expõe que
todos os seres não passam ileso pela vida sem que sejam alvo de um processo educativo. Em todos os setores em que se vive, vivenciam-se experiências de ensinamento-aprendizagem.
 Neste contexto, Brandão usa a palavra educação no plural, visto que a educação pode ocorrer em muitos lugares, como na rua, na escola ou na igreja. Para demonstrar este fato, ele descreve os processos de educação indígena.
No segundo capitulo, Quando a escola é na aldeia, Brandão nos mostra que a educação
existe em lugares em que não há escola. Nos é mostrada a relação que os índios tem entre si ensinando sua cultura e seus valores para as gerações mais novas, chamando essa transmissão de conhecimento de ritual e não de educação. O sociólogo discute a idéia de que tudo o que é necessário à vida humana envolve algum tipo de saber, e, este último, requer métodos de ensino
para se concretizar. Essa relação saber-ensino-fazer se constitui o que autor chama de processo de “endoculturação”.
No terceiro  capítulo, Então surge a escola, o autor discute um saber separado do fazer, mostrando que mesmo em povos tradicionais, quem possui o saber passa a apresentar uma espécie de dominação sobre os outros. O que tem o poder de saber fazer, passa a transmitir o seu conhecimento para os demais, reproduzindo os saberes através de suas camadas sociais de geração para geração.
O autor expõe que a partir da categorização de saberes especializados, dentre eles a Pedagogia, surge a escola formal, fazendo com a educação se confunde com o ensino. Ele exemplifica que com o passar do tempo a educação mostrou sinônimo de diferença de classes como pode se observado na Grécia, e em Roma, e surgiu assim, possivelmente, a invenção da escola.
Neste capítulo, o autor enfatiza novamente que a educação está presente em todos os lugares do mundo e em todas as populações.
No quarto capítulo, Pedagogos, mestres-escola e sofistas, Brandão traz à discussão a
educação na Antiguidade Clássica, descrevendo os propósitos que a educação e a escola grega visavam atender. O autor reflete o que era a Paideia e os ideais de homem e de sua formação educativa. A educação na Grécia preparava o homem à vida na polis através da formação do “bom cidadão”, visando sua atuação política e social. Esse sistema educativo centrava-se na busca da verdade e da beleza por meio do estudo da filosofia, da retórica, das virtudes, das artes e da ginástica, e o pedagogo era o sujeito que conduzia as crianças até as escolas para serem instruídas.
O autor apresenta como era a experiência educacional na Grécia Antiga que era o problema da aprendizagem dos ofícios simples no período da paz e na guerra. Nesse sentido houve a transição entre os saberes da agricultura, do artesanato da subsistência e da arte, tudo misturado com os princípios da honra e a solidariedade ligada com a fidelidade da polis.
Nesse contexto existe uma diferença entre a educação do homem livre, e do escravo. O escravo aprendia os saberes fora da escola, já os homens livres tinham sempre um professor particular que o ensina como devia ser sempre livre. Durante um determinado período a educação era somente o privilegio da nobreza guerreira, e se aprendia as tradições escutando as declamações poéticas de Homero. Os pobres nãopodiam levar seus filhos à escola, por não ter condição financeira para pagar ao professor. Com o
tempo a educação clássica deixa de ser assunto para alguns privilegiados para ser uma questão dapolis. E Brandão conclui esse capitulo dizendo que a grande contribuição que a civilização grega apresentou para a civilização ocidental e que esta esqueceu com o tempo é que a educação existe em toda parte, e que vai muito além da escola convencional, e diz que são as pequenas relações sociais existente entre vários membros da sociedade é que vai construído a educação.
No quinto capítulo, A educação que Roma fez, e o que ela ensina, faz um paralelo entre a
educação grega e a educação romana e aponta que a educação romana não se estendia, nos
primórdios, apenas aos cidadãos nobres e livres - como na Grécia -, mas a todos os romanos.
Entretanto, quando uma nobreza romana abandona a terra para dedicar-se à política, surgem as primeiras agências de educação e modelos específicos de educação às diferentes classes sociais.
Os primeiros latinos eram camponeses e viviam em comunidade, a iniciação das crianças e
dos adolescentes era aprender os valores dos antepassados, que chamavam de educação doméstica, que se aprendia em casa, com intuito de chegar à formação de uma consciência moral.
No inicio da formação da cidade de Roma não existia um cuidado na educação física e intelectual de seus cidadãos ociosos que pensavam primeiramente somente em governar e guerrear.
 Com enriquecimento da nobreza romana, essa se afasta do labor da terra e se ocupa somente pela política.
E dessa maneira pouco a pouco o ensino que era pastoril camponês passa a ser a formação para ser guerreiro, e ai surge uma oposição entre o ensino dos pais e dos mestres-pedagogos que convivem com os educandos e os acompanham durante um determinado período de sua vida para a formação de seu saber.
 E conclui que a educação romana influenciada em parte pelo espírito grego vai ajudar
os filhos dos soldados e funcionário romanos a controlar os vencidos e impor sobre eles a vontade, e a visão de mundo do dominador.
No sexto capítulo, Educação: Isto e aquilo, ao contrário de tudo, o pesquisador busca compreender o conceito de educação a partir do que dizem as leis oficiais, os discursos dos estudantes e intelectuais sobre a temática e verifica a dialética existente no “dito” e “não-dito” imbuída nos diferentes discursos acerca da educação brasileira. Investigando esses documentos, Brandão constata que “não há apenas idéias opostas a respeito da Educação, sua essência e seus fins. Há interesses econômicos, políticos que se projetam sobre a educação” (BRANDÃO, 1988, p. 60).
Brandão conclui esse capitulo dizendo que a definição, e a legislação sobre a educação é feita como uma maneira de camuflar os interesses de uma determinada classe social que tem o poder econômico, como político.
No sétimo capitulo, Pessoas "versus" sociedade: um dilema que oculta outros, continuando
a explicitação de seu pensamento, Brandão questiona qual a finalidade da educação. O autor discute a idéia de que o fim da educação é a “perfeição”. Entretanto: - Que perfeição é esta? Quem a define? Ela é universal a todas as culturas? Para refletir essas problemáticas, o autor parte dos pressupostos de Émile Durkheim e alude para o fato de que a educação também se constitui uma prática social que inclui tipos de saber e reproduz sujeitos mediante determinadas exigências, princípios e controles sociais. Ele explica o conceito de educação de uma maneira filosófica se ela é inata, vem de dentro da pessoa, ou se ela externa o meio que forma a pessoa, resolvendo esse dilema dizendo que a educação é uma construção social que foi pensada por uma pessoa ou instituição com o objetivo de atender uma necessidade do coletivo, para que individuo obtenha tudo
que precise para construir sua subjetividade. Ou seja, o intuito da Educação é formação integral desse ser humano. E volta a discussão que essência da educação é a humanização do ser para manutenção da comunidade como era feito na Grécia Antiga, e em Roma, e diz que a educação é uma parte real da vida de como esse ser humano deve existir. Brandão conclui que a educação humanística visa retornar o sentido de educação que era pensando pelos gregos e romanos, uma educação voltada para a comunidade.
No oitavo capítulo, Sociedade contra Estado: Classe e educação, o sociólogo questiona a
existência de uma educação universal. Para ele, a educação é uma prática social, cujo fim é o desenvolvimento de aprendizagens nos seres humanos que produzem tipos de sujeitos sociais.
Brandão alude ainda que, apesar da essência humana ser basicamente a mesma, são os fatores estruturais de uma sociedade – modos de produção e valores culturais - que determinam os tipos de educação adequados aos interesses políticos e econômicos de uma sociedade. Brandão também reflete o discurso liberal da “educação permanente” que deve acompanhar as transformações ocorridas no mundo. Isso significa que os sujeitos sociais devem ser formados, continuamente, mediante as tendências e exigências do mercado de trabalho. O autor denuncia o utopismopedagógico que atribui à educação a tarefa de transformar o mundo e promover a ascendência social. Partindo de pressupostos freirianos, ele diz que a educação não é suficiente para promover atransformação social, entretanto, sem ela essa transformação é impossível.
No nono capítulo, A esperança na educação, o autor faz uma reflexão dos capítulos
anteriores, e reforça a idéia que a educação se dá fora do poder de controle do sistema escolar, e que é preciso reinventar a educação no dia a dia, algo que as pequenas comunidades sabem fazer se reunir para reivindicar seus direitos que muitas vezes o Estado ignora. O pesquisador aponta que “assim como a vida é maior que a forma, a educação é maior do que o controle formal sobre a educação” (BRANDÃO, 1988, p. 103). Brandão reflete que as classes dominadas conseguem, mesmo dentro de limites estreitos, criar uma identidade própria, por meio de mecanismos de resistência contra a invasão cultural, e, assim, lutam pela perpetuação de saberes e práticas intrínsecas a sua cultura. Questiona a estrutura escolar dos pedagogos que dizem que a educação só se dá pela escola, e se esquecem que a educação é vida, está muito além da escola. E conclui
dizendo que somente o educador "deseducado" é que pode transforma essa realidade educacional, e dar um novo sentido para educação com a valorização do cotidiano de seus alunos.
No décimo capítulo, o autor sugere algumas referências bibliográficas para aprofundamento da temática. Destacando autores e livros acerca da História da Educação (da Antigüidade Clássica a contemporaneidade) e, também, acerca da compreensão da educação a partir de uma perspectiva sociológica.
Críticas e Sugestões
A Ideia que a educação só acontece na escola caiu em desuso, pois muitos nunca foram à
escola, porém são sábios, aprenderam com a vida ou em convívio com outros. A educação não fica restrita a salas de aulas ou a professores, todo àquele que aprende é um aluno logo aquele que ensina é um professor.
O texto enfoca a existência de povos que se submetem e outros que dominam, usando a
educação, seja com o controle do que se ensina, para que seus liderados não aprendam algo que possam despertá-los e assim queiram fazer uma revolução, ou com a falta de acesso a educação, nãopermitindo deste modo que todos tenham conhecimentos dos seus direitos e assim queiram requerêlos.
O texto é de fácil compreensão e deixa claro que a educação está por todos os lados e que
muitos não perceberam o seu poder e por isso até hoje são manipulados diretamente ou
indiretamente por poucos que estão no poder. Devido a isso dedico à leitura deste texto a todos os que têm sido manipulados no decorrer dos anos.
Sem sombra de dúvida vale a pena consultar esta obra. A abordagem sociológica apreciada pelo autor promove um pensar crítico acerca de paradigmas que envolvem os discursos dos sistemas educacionais, saberes e práticas institucionais. Dessa forma, a obra impulsiona novas leituras e reflexões, visto que o autor oferece um entendimento do tema até a consolidação do projeto liberal de educação.
Assim, é importante que os leitores busquem outras leituras complementares, a fim de
refletir os novos paradigmas e exigências neoliberais que assolam o mundo pós-modernidade e, sobretudo, a educação.
Concluindo, compartilha-se com Brandão ao apontar que, sendo a educação uma prática social em constante processo de transformação, deve-se buscar compreendê-la mediante os interesses, exigências e necessidades da sociedade. Dessa maneira, ficam abertos os questionamentos: - Que tipo de educação se adéqua a atual realidade brasileira? Quais seus pressupostos e finalidades? Buscar respostas para estas questões é estabelecer um diálogo com o passado e, assim,compreender as transformações presentes na educação e seus significados sociais.

terça-feira, 12 de junho de 2012

ESTUDO DIRIGIDO EM SAVIANI, DEMERVAL

                      
                                                     CASTRO, Aldiana Moreira

1- Conforme o texto qual o conceito de Sistema Educacional
Seria uma ordenação articulada dos vários elementos necessários à consecução
dos objetivos educacionais preconizados para a população à qual se destina.

2- Como é possível o homem sistematizar?Ao sistematizar, o homem mantém em sua consciência um objeto que lhe dá sentido; em outros termos, trata-se de um ato que concretiza um projeto prévio.
A sistematização implica também uma multiplicidade de elementos que precisam ser ordenados, unificados. O sistema é produzido pelo homem a partir de elementos que não são produzidos por ele, mas que se-lhe oferecem na sua situação existencial.

3- Na estrutura fenomenológica do homem comente as 3 concepções que o autor
aborda no sentido biológico,pedagógico e cultural .
A primeira perspectiva é a biológica, na qual o corpo, antes apenas constatado, é visto agora como organizado, estruturado e as respostas que ele dá são globais.
É por isso que  se faz necessário o conhecimento da complexidade e funcionamento dos órgãos humanos.
Quando o educando só é observado nesta perspectiva, adota-se um utilitarismo pedagógico que é representado pelo pragmatismo, que tem por princípio, segundo o autor, a verdade em termos de utilidade para a vida.
Ainda observando a criança, Saviani diz que ela tem um mundo interior e que se manifesta em vários níveis, existindo neste mundo fenômenos patológicos que afetam essa vida interior, essa é a perspectiva psicológica.
Segundo o autor, o mundo interior é bastante complicado, mas muito importante para o
problema da educação e é por isso que a Psicologia é relevante para o planejamento educacional. Contudo, se o educando só for considerado sob essa perspectiva, o enfoque dado será o do psicologismo pedagógico.
O autor comenta que a observação do mundo interior “explica porque as pessoas que falam (políticos, padres, oradores em geral e também os professores), devem se enquadrar na psicologia do auditório para suas ideias serem aceitas”. Afirmação bastante pertinente e que, sem dúvida, deve ser levada em consideração.
Saviani afirma, citando alguns trechos de Pestalozzi e Froebel, que estes foram educadores que deram um enfoque especial ao a priori psicológico.
Na descrição do homem como ser cultural, voltando à figura da criança,Saviani diz que ela está situada num contexto espacial e temporal que a determina,ela vive num meio humano (artificial) e numa época determinada que é o século XX.(grifo nosso - século XXI).Para o autor o a priori cultural é o mais importante, pois resume e completa os anteriores, já que o homem está em um mundo “no qual tudo está carregado de um certo sentido cultural, humano”. Tal afirmação é constatada, segundo o autor, pela aprendizagem.

4- Discorra sobre o caráter dialético da estrutura do homemPara Saviani, a concepção dialética de Filosofia da Educação recusa colocar no ponto de partida uma determinada visão de homem, o que interessa é o homemconcreto, “síntese de múltiplas determinações” ou “como conjunto das relações sociais”. Para o autor, “Segundo a concepção dialética o movimento segue leis objetivas que não só podem como devem ser conhecidas pelo homem”. Esse dinamismo é explicado “pela interação recíproca do todo com as partes que o
constituem, bem como pela contraposição das partes entre si”.

5- Conforme o texto o que entendeu sobre a filosofia como mediação entre a ação
assistemática e a ação sistematizada

Esclarecido “o quadro da realidade humana”, o autor examina como o homem desenvolve as suas atividades neste contexto. Busca detectar a atividade sistematizadora ao falar da Filosofia como mediação entre a ação assistemática e a ação sistematizada. Para ele há uma sequência natural e espontânea na ação humana que está no nível da consciência irrefletida. Contudo, este processo é alterado quando “algo”, que o autor chama de problema, interrompe este processo
“alterando a sua sequência natural”. É nesse momento que o homem começa a refletir, ou a filosofar. Refletir sobre o objeto da Filosofia que são “os problemas que o homem enfrenta no transcurso de sua existência”.

6- O que entendeu sobre  Sistema
O sistema resulta da atividade sistematizada; e a ação sistematizada é aquela que busca intencionalmente realizar determinadas finalidades. É, pois, uma ação planejada, uma ordem que o homem impõe à realidade.

7- O que você entendeu sobre noção de EstruturaA estrutura indica a forma como as coisas se entrelaçam entre si, sem depender do homem mesmo, por vezes, havendo seu envolvimento.

8- Faça um resumo sobre a noção do sistema educacional abordando como se pode
sistematizar a educação, o sistema educacional, o sentido da filosofia da educação e as
precisões terminológicas.

Assim como o sistema é um produto da atividade sistematizadora, o sistema educacional é resultado da educação sistematizada. Isso implica, então, que não pode haver sistema educacional sem educação sistematizada, embora seja possível esta sem aquele.
Assim, a educação sistematizada, para ser tal, deverá preencher os requisitos apontados em relação à atividade sistematizadora em geral. Portanto, o homem écapaz de educar de modo sistematizado quando toma consciência da situação (estrutura) educacional (a), capta os seus problemas (b), reflete sobre eles (c),formula-os em termos de objetivos realizáveis(d),organiza meios para alcançar os objetivos (e), instaura um processo concreto que os realiza (f) e mantém ininterrupto o movimento dialético ação-reflexão-ação (g). Este último requisito resume todo o processo, sendo condição necessária para garantir sua coerência, bem como sua articulação com processos ulteriores.
Para se ter um sistema educacional – que evidentemente deverá preencher os três requisitos apontados, a saber: intencionalidade (sujeito-objeto), conjunto(unidade-variedade), coerência (interna-externa). –É preciso acrescentar às condições impostas à atividade sistematizadora (educação sistematizada), esta outra: a formulação de uma teoria educacional. Reduzindo-se os requisitos da educação sistematizada a dois pontos fundamentais, pode-se, enfim, determinar as
condições básicas para a construção de um sistema educacional numa situação histórico-geográfica determinada; são elas:
a) Consciência dos problemas da situação;
b) Conhecimento da realidade (as estruturas);
c) Formulação de uma pedagogia.
A Filosofia da Educação é uma reflexão sobre os problemas que a realidade educacional apresenta. A atividade educacional se insere no processo dialético que permite passar da ação(fundada na filosofia da vida) à ação (fundada na ideologia) pela mediação de reflexão. Para o educador, a Filosofia da Educação constitui essa mediação necessária. Por isso, o seu papel não será fixar, a priori, princípios eobjetivos para a educação; também não se reduzirá a uma teoria geral da educação enquanto ordenação dos seus resultados. Sua função será acompanhar, reflexiva e criticamente, a atividade educacional de modo a explicitar os seus fundamentos, esclarecer a função e a contribuição das diversas disciplinas pedagógicas e avaliar
o significado das soluções escolhidas.
A parte das Precisões Terminológicas aborda os conceitos de sistema e estrutura, sistema educacional, teoria e práxis, sistema pedagógico, sistema de educação, educação sistematizada e educação institucionalizada, rompendo a chance de haver qualquer dúvida entre os termos.
Para finalizar o autor completa: “A Filosofia de Educação, se for assimilida à práxis dos educadores como uma reflexão (radical, rigorosa e de conjunto) sobre os seus problemas educacionais, permitirá que se evite o burocratismo.” (Saviani)

Referência
SAVIANI, DEMERVAL. Educação Brasileira: Estrutura e Sistema.10 ed. Campinas,SP: Autores Associados,2008 (Cap.3, p.28-91).




segunda-feira, 11 de junho de 2012

ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÂO NO CONTEXTO HISTÓRICO


                                                                                     MORAIS,Ezenete Pereira
A história da antropologia e educação envolve a idéia de homem e de cultura. Desde os primórdios, abordarmos uma contribuição antropológica para a inteligência dos problemas contemporâneos. Estudiosos retratam a antropologia em seu caráter descritivo e classificatórios sendo itens necessários para a caracterização dos diferentes povos da colonização entre os séculos XIX e XX e que através desses estudos conceituou-se como antropologia clássica e abordava a noção de exterioridade e alteridade, em que  a civilização, ciência e técnica eram elementos centrais da condição de sociedade e de modernidade. Era o que definia a condição humana e a própria humanidade. A antropologia como ciência pregava as transformações que o homem sofria dentro de uma sociedade. Tal ciência foi considerada como objeto de considerações morais e políticas e inscreveu-se como antropologia da educação.    Entre 1920 e 1930 a antropologia da Educação teve uma nova roupagem com o objetivo de “padronizar” os sistemas educativos em busca de uma integralização entre escola e sociedade e com o decorrer do tempo inovações foram incorporadas à Educação. Posteriormente, estudos culturais foram enfatizados e as relações entre Educação e antropologia foram colocadas como tema principal. O multiculturalismo se tornou uma forma de invenção e intervenção social  e humana e a partir daí, o campo da Educação entra em cena com uma importância única. A teoria sobre cultura renova-se a cada momento que uma e outra cultura surgem e se prestam a propósitos dentro das sociedades semelhantes. Cada cultura tem uma história própria e singular, fazendo com que a humanidade se torne diversificada. A cultura é então entendida como um conjunto de elementos interdependentes e cada um desses elementos tem uma função precisa ao qual, tem que suprir necessidades individuais e coletivas, entre elas a escola. As correntes americanas e inglesa eram as mais representativas nas formas de pensar a diversidade humana com isso, seu domínio nas sociedades coloniais sobre outros povos era imposto. A Educação popular visto pelos antropólogos como instrumento do verdadeiro desenvolvimento surgiu a partir do comprometimento com a cultura tradicional e popular como veículo de conscientização e responsabilidade social. Desenvolveu-se um estudo aprofundado sobre cultura popular e realidade social. No contexto histórico a África na metade do século XX lutou pela independência, confrontando-se com o colonialismo. A sociedade dominante queria impor sua cultura e valores às outras sociedades, com isso, a Educação foi desafiada a responder às diversidades sociais humanas. O campo científico ficou dividido em duas teorias: Teorias de Equilíbrio e Teoria de Conflito, em contrapartida a antropologia adquiriu um método próprio de fazer ciência de uma maneira dinâmica, investigando o universo do outro, seu sujeito, com isso, busca explicações para os fatos da vida humana. Em relação à cultura no seu contexto histórico é uma construção que se inscreve na história das relações dos homens entre si. Nos dias atuais temos vozes altivas de protesto, de denúncia onde o campo de estudo na prática, tornou-se necessário às relações face a face com outros sujeitos, culturas, as visões de mundo do outro e suas diversidades.
Palavras- chave:  Antropologia, Estudos culturais,Educação.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Estudo Dirigido 

 Thiago Iachiley A. Souza


·         Conforme o texto qual o conceito de Sistema Educacional 

É um conjunto dinâmico, com seus elementos interagindo, incorporando tradições e se comportando, ao mesmo tempo, como condicionado e condicionante do contexto em que está inserido.

·         Como é possível o homem sistematizar?

O ato de sistematizar, uma  vez que pressupõe a consciência refletida, é um ato intencional. Isto significa que, ao realizá-lo, o homem mantém em  sua consciência um objetivo que lhe dá sentido, em outras palavras, trata-se de um  ato  que concretiza um projeto prévio. Este caráter intencional não basta, entretanto, para definir a sistematização. Esta implica também  uma multiplicidade de elementos que  precisam  ser ordenados, unificados,  e conforme vem da palavra grega  “sistema”: reunir, ordenar, coligir.  Sistematizar é, pois, dar, intencionalmente, unidade à multiplicidade. E o resultado obtido, eis o que se chama “sistema”. Este é, então, produzido pelo homem a partir de elementos que não são produzidos por ele, mas que a ele se oferecem na sua situação existencial. E com o esses elementos, ao serem reunidos, não perdem sua especificidade, o que garante a unidade é a relação de coerência que se estabelece entre os mesmos. Além disso, o fato de serem reunidos num conjunto não implica que os elementos deixem de pertencer à situação objetiva em que o próprio homem está envolvido; por isso, o conjunto, como um todo, deve manter também uma relação de coerência com a situação objetiva referida.

·         Discorra sobre o caráter  dialético da estrutura do homem 

O caráter dialético do homem tem como objetivo fundamentar a afirmação “o homem sistematiza”, que é a base dos argumentos a respeito do “sistema educacional”. Por isto busca constituir uma ontologia do “homem brasileiro”, pela qual fundamentará o “sistema educacional brasileiro” necessário e correto. Uma ontologia de um particular, o homem brasileiro, o que faz com que utilizemos o epíteto filósofo da educação brasileira e não filósofo da educação.

·         Conforme o texto o que entendeu sobre a filosofia como mediação entre a ação assistemática e a ação sistematizada

Partindo do principio que a filosofia é o exercício pleno e acabado da consciência refletida, ela se constitui numa mediação entre a ação assistemática, ou seja, os princípios, normas e objetivos são fornecidos pela filosofia de vida. Já na ação sistematizada, os princípios, normas e objetivos são fornecidos pela “ideologia”.

·         O que entendeu sobre de Sistema

O sistema é um “processo” resultante da atividade sistematizada; e a ação sistematizada é aquela que busca intencionalmente realizar determinadas finalidades. Sistema é, pois, uma ação planejada. Sistema significa, assim, uma ordenação articulada dos vários elementos necessários à consecução dos objetivos educacionais, por exemplo, preconizados para a população à qual se destina. Supõe, portanto, o planejamento. Ora, se “sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante”, as exigências de intencionalidade e coerência implicam que o sistema se organize e opere segundo um plano.

·          O que você entendeu sobre noção de Estrutura

O termo “estrutura”, da mesma forma que “sistema”, também se refere a conjunto de elementos, por isso, muitas vezes, ambos são usados como sinônimos. Entretanto, termo “estrutura” originou-se do verbo latino “struere”. A esse verbo é atribuído correntemente o significado de “construir”. Esse sentido é aceito sem objeções tanto entre os leigos como nos círculos especializados. Tal fato dispensa os estudiosos de um exame mais detido do significado etimológico do termo, o que pode ser ilustrado pela frase com a qual Bastide (1971, p.2) introduz o exame dos diferentes itinerários percorridos pela palavra “estrutura” no vocabulário científico: “Sabemos que a palavra estrutura vem do latim ‘structura’, derivada do verbo ‘struere’, construir”. Logo observamos que “estrutura” significaria “construção”. De fato, “construção” pode indicar tanto o modo como algo é construído (o que sugere a ideia de paradigma ou modelo) como a própria coisa construída (e a estrutura se confunde, então, com a realidade mesma).

·   Faça um resumo sobre a noção do sistema educacional abordando como se pode sistematizar a educação, o sistema educacional, o sentido da filosofia da educação e as precisões terminológicas.

Saviani menciona alguns procedimentos que poderiam ser utilizados na tarefa de constituir a antropologia filosófica que apresente os fundamentos da “atividade sistematizadora”. Discorre sobre cada procedimento, iniciando pela análise da palavra “sistema”, pelo qual o sentido é buscado na etimologia, constituindo uma semântica que permita “lançar luz à expressão sistema educacional” (SAVIANI, 2000a, p. 27). Em seguida, este procedimento é descartado por ser considerado intelectualista, embora, como já anotamos, dele se utilize com muita frequência. O segundo procedimento, a ser descartado, é o que procura estabelecer a noção de “sistema educacional” a partir do fato, do existente, considerando que há “sistema”, porque “ele se apresenta em sua organização e funcionamento” (p. 28), o que revela um ponto de vista administrativo insuficiente para o estabelecimento da antropologia filosófica. Os dois procedimentos são identificados, respectivamente, com os da análise formal ou lógico-formal e com a científica, a que parte do existente para estabelecer o que algo é. Ambos são impróprios, pois o lógico-formal refere-se à coerência e não à verdade (p. 28) e o científico prende-se aos dados para expô-los (p. 29), Note-se que esta maneira de ver tanto a lógica quanto a ciência expressa uma concepção epistemológica, no mínimo, ultrapassada na Filosofia da Ciência desde os anos 1930, pelo menos. De fato, a análise formal não distingue coerência e verdade lógica, pois só há a primeira se a segunda estiver presente. No outro caso, no das ciências empíricas, há muito se tem claro que os “dados” não são “dados”, mas interpretações, as quais podem produzir novos modelos a partir dos mesmos “dados”. O terceiro procedimento é uma análise das instituições, iluminada pelo significado da palavra sistema. O método aqui seria o empírio-logístico, pois, para o autor, tal método “busca explicar os dados empíricos, referindo-os, porém, a um modelo formal prévio, escolhido de modo mais ou menos arbitrário e construído de acordo com as regras lógicas”(p. 29). O quarto procedimento é a análise da noção de sistema educacional a partir do fenômeno, pois ele revelaria, de início, que o sistema não se apresenta como um dado objetivo. Para o autor o “sistema, qualquer que ele seja, está sempre referido à realidade humana” (Ibid.), pois é o homem que o cria e o organiza. O que o colocaria entre os que defendem que o “dado” não é dado, mas uma interpretação, que é também a nossa posição epistêmica. No entanto, o procedimento fenomenológico apresenta uma dificuldade, pois proporciona uma visão analítica e estática do fenômeno quando este se apresenta à consciência, tornando inviável a apreensão do movimento próprio do conceito. Daí a necessidade do exame que considere “sistema educacional” em sua dinâmica, produzida pelas contradições e que, ao mesmo tempo, é condicionado e condicionante. Tal procedimento é o próprio do método dialético. Donde a proposta de junção do método fenomenológico com o dialético, justificada pelo entendimento de que, partindo do fenômeno e efetuando a descrição fenomenológica de seus elementos, é possível atingir uma visão dialético-sintética ou fenomenológico-dialético do problema, sendo que esta visão só é possível ser atingida pela mediação da análise.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Uma Reflexão Sobre a Obra de Émile Durkheim

Thiago Iachiley A. Souza
Resumo
O presente trabalho discorre sobra alguns pontos de extrema relevância e de fundamental interesse para muitos seguimentos e camadas da sociedade hodierna. Para fundamentar e embasar este estudo tomou-se como referência o Livro Sociologia e Educação (Émile Durkheim). A palavra educação, ao longo de muitos séculos, tem sido usada e empregada amplamente para desiguinar o conjunto de influências que são exercidas sobre a nossa inteligência ao longo da vida. Fatores externos e internos que são aprendidos e vivenciados, experimentados e transmitidos permeiam o campo de nossa vivência e atingem diretamente nosso estilo de vida. Em outras palavras, essas vivências e experiências, bem como, os fatores, querem sejam externos querem sejam internos, compõe de forma plena o conceito de educação. Analisando a educação sob essa perspectiva, à luz deste conjunto de influências, a educação é entendida como um fator cultural e social. A educação assim definida, - como um conjunto de influências exercidas sobre os indivíduos - é responsável pelas atitudes e ações destes na sociedade. Portanto, dada essa a forma da educação, cada sociedade forma o tipo de homem de que deseja e necessita. A educação, do ponto de vista sociológico, é a atividade das gerações adultas exercida sobre as gerações que ainda não alcançou o estado de amadurecimento físico, intelectual, moral e social adequado. Logo percebemos que o conceito de educação está atrelado à dinâmica de sua propagação e evolução com o tempo, de forma que, ela vai modificando as diferentes sociedades que surgem. A educação em sua natureza e função pode ser assim definida por vários pensadores. É a preparação do indivíduo para a vida social, cultural e moral. Essa verdade ressalta o conceito de que a educação é uma ação social e não individual, haja vista que, a educação não é o resultado de uma ação individual entre pai e o filho – ‘ educação familiar ‘ ou o professor e o aluno – ‘ educação escolar ’, mas entre duas categorias sociais distintas, a geração adulta e a geração jovem. O adulto age como representante da geração adulta e transmite conhecimentos, atitudes e valores, considerados ajustados ao jovem e este recebe e aprende esses conhecimentos e valores, que por sua vez, repassa para as gerações futuras. Outra e importante característica da educação, é que ela é uma ação global, ou seja, leva em conta todos os aspectos da vida social e não apenas alguns, envolvendo em seu bojo, tanto a formação individual, bem como também, a formação da sociedade como um todo, incorporando todos os setores. Seguindo esta característica, a educação é descrita por ter uma função homogeneidora, justamente por constitui essa ação global e social, exercida por várias pessoas e visando a formação e o desenvolvimento total do indivíduo, engrandecendo-o e tornando-o uma pessoa humana transmitindo assim os valores e normas, bem como, os comportamentos sociais de acordo com aquilo que a sociedade requer. Uma terceira importância e destaque para a caracterização da educação é que a educação se dá de forma dinâmica e interativa, passando de uma geração para outra, onde temos uma geração detentora do conhecimento e do ensino, que vem a ensinar uma geração simples e desprovida deste conhecimento. A geração adulta vem a transmitir essa educação para a geração jovem, isto é, os adultos transmitem atitudes, conhecimentos técnicos, e os jovens recebem, aprendem e incorporam na sua vida esses conteúdos. Em outras palavras, geração adulta é o elemento ativo, transmissor da educação e a geração jovem o elemento passivo, receptor. Entretanto, devemos entender que esse processo se dá de forma harmônica e de natureza unitária, haja vista que, se trata do fato de o agente educativo ser um indivíduo ou um grupo especifico, mas a sociedade está intrínseca no seu conjunto. Os indivíduos quando educam agem em nome e por delegação da sociedade, e não em nome de um individuo ou repartição com interesses particulares. É a sociedade que investe nos seus membros na função educativa, e os sanciona no respectivo exercício. Nessa perspectiva, a educação tem uma dupla função, um duplo papel: de unificação e de divisão. Por um lado, a educação opera visando uma determinada forma de coesão social, por outro, constitui um agente de reforço da divisão e da estratificação social existente. A educação é múltipla, diversificando-se e orientando-se para cada estrato, no interior de uma classe, fazendo tomar consciência aos membros de qualquer extrato dos seus estatutos e papeis sociais. Analisando e ponderando sobre todas essas perspectivas e aferições, percebemos que a educação se trata de um fenômeno eminentemente social e cultural. Ao longo da história, diferentes sociedades tiveram os mais diferentes sistemas educacionais. Os indivíduos eram educados de acordo com as regras morais e sociais adotadas por cada sociedade e épocas diferentes. Assim foi a história da educação segundo Durkheim. Uma educação para cada época e para cada povo. Cada sistema foi sucedido por outro de acordo com a organização social vigente e as normas sociais e de condutas adotadas. Ocorre ainda, de normas de diferentes tipos de educação a vigorar em espaços geográficos diferentes, como foi o caso de Atenas e Esparta na Grécia. Com tudo isso, Durkheim mostra que: diferentes povos, em diferentes lugares e em determinadas épocas, tiveram determinados sistemas de educação que privilegiavam seus ideais de organização social. Cada componente e integrante da sociedade em suas diferentes e oportunas épocas contribuíram de forma contundente e significativa para a formação, propagação e disseminação da educação na formação dos indivíduos.

Palavras-Chave: Educação, Indivíduo, Sociedade

Referências
[1] DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 10ª ed. Trad. de Lourenço Filho. São Paulo, Melhoramentos, 1975.

[2] DIAS, Fernando Correia. Durkheim e a sociologia no Brasil. Em Aberto, Brasília, 9 (46): 33-48, abr./jun., 1990.

quarta-feira, 2 de maio de 2012



  As Novas Tecnologias Inseridas no Ensino Superior

Thiago Iachiley A. Souza

     Nos dias hodiernos ao analisarmos a presença dos meios de comunicação de massa e, principalmente, a inserção de novas tecnologias e sua influência na educação, chega-se à conclusão de que a aprendizagem seria comprometida sem o uso destas novas ferramentas e metodologias.
     Durante muitos séculos a educação utilizou-se de métodos e técnicas tradicionais. Ensinar era transmitir conteúdos acumulados ao longo do tempo, fundamentados em fatos e conhecimentos que interessavam à sociedade da época ou que foram importantes para outros povos. Esta mesma educação, embora lenta no que se refere ao desenvolvimento das potencialidades individuais de cada um, foi responsável pela criação científica e tecnológica que se encarregaria de transformar esta mesma estrutura conservadora e tradicional.
     As ferramentas tecnológicas, que estão cada vez mais presentes na sociedade, chegam às universidades como recurso importante para a modernização do sistema educacional, permitindo e facilitando a concretização da produção de trabalhos. Como grande efeito observamos que o acesso à internet trouxe consigo mudanças radicais no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a sua inserção no ensino é um processo irreversível e a revolução tecnológica em curso, está se dando sem que os educadores possam detê-la.
     Diante disso, faz-se necessário um acompanhamento do impacto tecnológico sobre a educação no ensino superior, com o objetivo principal das melhorias da qualidade do ensino e orientações contundentes de como se fazer uso de forma eficaz destes recursos.
    Na atualidade as instituições de nível superior inserem-se num contexto de elevada pressão em relação aos avanços tecnológicos que, por um lado, lhes garantem melhores condições didáticas e pedagógicas e, de outro, que ocasiona mudanças ambientais e tecnológicas de uma era da modernidade. Assim, no atual contexto tecnológico em que o mundo se volta completamente para um sistema dominado pela tecnologia, é necessário despertar-se para um modelo educacional que acompanhe este sistema. Em outras palavras o que se deve acontecer é uma aliança entre a tecnologia com a proposta pedagógica afim de que a aprendizagem seja garantida a partir do momento em que sejam vistas pelos profissionais da educação, como ferramentas, mídias educacionais, podendo ser facilitadoras da aprendizagem, tornando-se mediadoras, por facilitarem ao aluno construir seu próprio conhecimento.
     O conhecimento experimentado nas duas  últimas décadas é tão expressivo que nem o professor e tampouco o aluno são capazes de adquiri-lo ou gerenciá-lo nos moldes tradicionais. No ensino superior, um dos problemas a ser resolvido reside na atitude passiva com que os alunos recebem o conhecimento de seus professores. Na sala de aula, a interface professor-aluno é mantida por um planejamento de ensino que privilegia a simples transmissão de conhecimentos. A utilização de algumas tecnologias, onde se destaca o computador, vem permitindo que o processo de ensino-aprendizagem sofra sensíveis transformações. O computador, deixando o estigma de calculadora sofisticada, começa a ser empregado na construção do conhecimento. 
    Os recursos tecnológicos, como instrumentos à disposição do professor e do aluno, constituem-se em valiosos agentes de mudanças para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Isto requer professores bem formados com conhecimentos sólidos da didática e dos conteúdos, com desenvolvimento de práticas pedagógicas que utilizem estas novas tecnologias como ferramenta que atendam às necessidades individuais e coletivas, que estimulem a construção criativa e a capacidade de reflexão e que favoreçam o desenvolvimento da capacidade intelectual e afetiva, levando a autonomia e à democracia participativa e responsável.

Palavras-Chave: Novas Tecnologias; Educação; Ensino

Referências
 [1] MORAN, J. M.  Mudanças na comunicação pessoal: ge-renciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo: Paulinas, 2000.
[2]  LINTWIN, E. Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
[3]  DOWBOR, L. A revolução tecnológica e os novos paradig-mas da sociedade. Belo Horizonte, IPSO, 1993

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Émile Durkheim - O criador da sociologia da educação

Olá Galera, compartilho com vocês,  Émile Durkheim- O criador da sociologia da educação.
 Ezenete Morais  

http://www.secult.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-praxis-pedagogicas/GRANDES%20MESTRES/emiledurkheim.pdf

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A INSERÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO

                                                                                               AMARANTE,Welton

            A progressiva difusão da tecnologia nas sociedades é um fenômeno mundial provocando profundas mudanças em todas as dimensões. Essa evolução deve-se ao grande e contínuo avanço tecnológico. Desta forma, a sociedade vive um período de grandes transformações que têm impactado e modificado, de forma definitiva, as organizações em todo o mundo. Essas transformações têm levado as organizações a privilegiarem a capacidade das pessoas na busca contínua de novos conhecimentos.
            Ao que se percebe, nenhum setor da sociedade,  mesmo aqueles tradicionalmente resistentes ou menos adeptos às inovações  parece ficar imune às incidências das novas tecnologias.  Exemplo claro disso é o setor da educação.
            A educação, atualmente, é tema central dentro do novo paradigma produtivo internacional, caracterizado pela presença das tecnologias, informatização crescente e uma demanda cada vez maior por qualidade. Crescem as exigências para o processo produtivo e de uma formação mais complexa, visto que o aumento de produtividade está associado a uma reorganização da produção apoiada em princípios como flexibilidade, qualidade e rapidez.
            A introdução das tecnologias não deixa de provocar polêmicas. Na educação brasileira, sobretudo ao atingir o ensino superior, as tecnologias são hoje uma das questões mais discutidas entre os educadores. Pesquisas, relatos e debates especializados, como os que vêm ocorrendo em diversos países demonstram que esta nova questão educacional não parece fugir às tradicionais trajetórias de resistências por que passam sempre as inovações.
            A democratização do saber por meio da informação propõe alternativas que busquem produzir, socializar e facilitar o acesso ao conhecimento, ultrapassando a metodologia de trabalho fundamental da reprodução para a produção de conhecimento. Por isso, torna-se necessário buscar um referencial teórico que discuta a questão prática e a teoria na educação.
            Os computadores, que estão cada vez mais presentes na sociedade, chegam às universidades como recurso importante para a modernização do sistema educacional, permitindo e facilitando a concretização da produção de trabalhos, por exemplo, o acesso à internet trouxe consigo mudanças radicais no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a sua inserção no ensino é um processo irreversível.
                Nesta perspectiva, o blog é uma ferramenta disponível na web que possibilita a comunicação, divulgação e interação entre escolas, alunos, professores e até mesmo com a comunidade externa. O blog pode ser definido como um site ou página na internet (geralmente gratuito) que possibilita ao usuário sem conhecimento de programação, postar textos e conteúdos para serem compartilhados com outros usuários com interesses afins, podendo ser atualizado constantemente. Difere de um site, por ser mais dinâmico na postagem de conteúdos e edição que podem ser feitos continuamente, mas sua principal característica é permitir a interação com o leitor e leitores.
            No contexto escolar, o blog pode divulgar as ações e projetos das escolas para alunos, professores, a comunidade e o mundo. Mas não se reduz a um veículo de comunicação, pode e deve ir além de ser somente um espaço de diálogo, conversa entre os atores envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Os conceitos de interação, cooperação e colaboração que o blog permite trabalhar tem suporte nas teorias construtivistas e interacionistas cuja principal contribuição recai sobre a importância da interação social no processo de aprendizagem e desenvolvimento do ser humano. Pode ser utilizado pelos professores de diversas modalidades de ensino e de todas as áreas do conhecimento como uma ferramenta de co-autoria de atividades e assuntos que podem ser abordados com os alunos ao mesmo tempo em que vão criando o domínio da ferramenta, permitindo ao usuário construir seu conhecimento em várias dimensões cognitivas em que se processa a aprendizagem.
            Os blogs apresentam outras vantagens como recurso pedagógico utilizado pela escola e pelos professores e alunos:
·         Incentiva a escrita e aperfeiçoa as habilidades de uso da escrita em diversos contextos e para diferentes interlocutores;
·         Favorece a reflexão critica, quando exige a opinião do leitor para interagir postando comentários;
·         Promove a construção de noções de coletividade, de colaboração, pois um blog é feito com o objetivo de atingir uma grande quantidade de leitores em torno de um tema comum;
·         Desenvolvimento de projetos escolares que envolvam a autoria e co-autoria do conhecimento;
·         Trabalhos Interdisciplinares;
·         Estimula o uso das novas tecnologias na educação.

            Partindo destes pressupostos, entendemos os blogs como um espaço privilegiado para a organização de aulas, oficinas, pesquisas, onde pode-se sistematizar um assunto organizando-o de acordo com as necessidades específicas de um grupo (de alunos ou professores), constituindo-se em um ambiente significativo do processo de aprendizagem. A sua aplicação no cotidiano escolar pode se dar na forma de blogs pessoais onde os alunos escrevem livremente, bem como podem ser blogs voltados para os conteúdos abordados através da publicações de notícias, reportagens, pesquisas, histórias, debates, dentre outros.
            Neste sentido, promover o uso dos blogs na educação poderá ser uma ação decisiva na inclusão digital da comunidade escolar e na afirmação como recursos pedagógicos a serem integrados nas práticas educativas na vida da comunidade escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]- CASCARELLI, C. V. O uso da informática como instrumento de ensino-aprendizagem. Revista Presença Pedagógica, vol. 4, n.20, p.29-37, mar/abr. 1998.
[2]- VALENTE, J. A. Informática na educação. Revista Pátio, ano 3, n. 09. Porto Alegre, maio/jul, 1999.
[3]- SILVA, J.  Blogs: Múltiplas utilizações e um conceito. In: I Congresso Anual em Ciência da Comunicação, Belo Horizonte, Anais. INTERCOM, p. 14, 2003.